quinta-feira, 29 de julho de 2010

Souvenir

Ultimamente talvez eu esteja vivendo um dos momentos mais nostálgicos de toda a minha vida. Comecei a pensar em todas as pessoas que passaram por mim e que tinham tanta importância e que hoje...bem, hoje, não representam quase nada. Lembrei daquele primeiro namorado, a quem eu dei e dou um valor danado e que caga pra mim. Lembrei de todos os esforços que eu fiz pra ficar com ele e das retribuições que eu recebi. Me toquei que talvez eu esteja dando valor a algo pequeno demais...algo simples demais. Logo eu que sempre sonhei tão alto. E foi quando eu lembrei de todas essas atitudes, de tudo...que eu lembrei de alguém especial que infelizmente hoje já não participa mais da minha vida. Com certeza o menino mais especial de toda minha vida e o que surpreendentemente me fez mais feliz. Eu lembrei dos momentos mágicos que a gente viveu e dos sentimentos que ele causou em mim. Lembrei de quando a gente terminou e da tristeza profunda que eu senti. Da vontade de voltar, dos choros. Foi horrível quando eu percebi que menos de um ano depois, eu não sentia mais nada. Nenhum fagulhazinha sequer de toda aquela fogueira que já foi o que eu sentia por ele. Que todo aquele encanto, todo aquele sentimento grandioso, não se faz mais presente. O amor que eu julgava eterno não existe mais. O fim do amor foi ainda mais triste que o nosso fim. É triste saber que aquele amor que tanto acompanhou a gente não se faz mais presente. E hoje mesmo aceitando e sabendo que isso faz parte da vida bate uma saudaaaade. Sim, saudade. Saudade desse meu garoto perfeito e raiva. Raiva do ex que caga pra mim mas que eu cega, estúpida e burra ainda amo.

L.P

Meu Desconhecido

Hoje eu lembrei dele. Lembrei de quase todos os segundos que eu vivi com ele. Mais ainda, lembrei do que ele me fez sentir em cada momento. Lembrei do mundo que ele me mostrou quando a gente tava junto. E do mundo que eu tenho agora de novo porque ele não está mais comigo. Eu sempre tive medo do desconhecido. Lembro o quão triste era meu mundo e como eu era feliz por ter ele comigo, ali. Bastava somente ficar do meu lado. Apenas. E o medo que eu tive pra entrar naquele mundo, o mundo do amor. Mundo da alegria, das maiores emoções. Na verdade eu não tinha medo disso, o que me afligia era o possível e irremediável fim. Eu nunca fui tão de alguém como eu fui sua, eu nunca quis tanto dar certo com alguém como eu quis com você. Eu nunca quis tanto construir uma vida, um futuro, como eu quis com você. E talvez eu nunca vá querer qualquer coisa tanto quanto eu quis com você. É verdade, o nosso fim chegou. E eu chorei um luto eterno pela gente. Eu estava tão certa em me afligir. Mas o tempo que eu vivi com você foi tão bom que eu falo com todas as letras que você foi o meu melhor desconhecido. Você soube fazer tudo exatamente de uma forma que eu não tivesse ódio de você. Porque eu só te odiei uma vez, e foi porque você não me queria mais. Você fez tudo tão certo que hoje, tempos depois eu estou aqui, escrevendo sobre o que era a gente. Não, eu não gosto mais de você. E pra falar a verdade, eu já não choro o nosso fim há tempos. Mas quando eu lembro de alguém que me fez bem é só você que me vem em mente. Só você. E você pode ter quantas garotas for,eu posso ter quantos garotos for mas a tua lembrança na minha vida é eterna.

L.P

Linhas Tortas

Dizem que Deus escreve certo em linhas tortas. Será mesmo?! Hoje eu parei para pensar nisso, lê-se : para pensar na gente. Será que foi por isso que a gente nunca mais ficou, ou melhor, será que foi por isso que a gente não voltou?! Sim, porque não foi por falta de tentativas ou será que foi porque a gente tentou demais? Quase toda semana eu reservo um dia pra pensar na gente. E todo dia eu pergunto pra Deus porque a gente não ficou junto. Porque a gente não ta junto? Porque eu tenho que curar a minha carência com outro e não com ele? E mais ainda, será que Deus reservou alguma coisa no futuro pra gente? Sim , porque eu não consigo me imaginar casada com mais ninguém. Eu não consigo imaginar ninguém mais além de mim, dele e dos nossos filhos naqueles almoços de domingo. Eu posso ter vários outros, posso querer fingir gostar de outro. Eu posso ter quem for mas no fundo, no fundo eu sempre estou só. Sempre me falta alguma coisa. Algo que não dá pra comprar ou substituir. Algo que as vezes eu penso que vai passar e em outras que não vai passar nunca. E eu me pergunto as vezes o porque de tanta entrega burra e estúpida e me vem somente uma resposta: porque é ele. E isso já basta. Mas depois quando eu vou pensar, agir racionalmente, coisa que não faço há tempos, eu não tenho um só motivo, uma razãozinha sequer para gostar dele. E é quase sempre exatamente nessa hora que todo esse momento nostálgico acaba. Mas de noite tudo volta. E dia de domingo é o pior de todos eles, as lembranças vêm com tudo.

L.P